À minha volta oiço o silêncio,
E nesse silêncio procuro-te.
Essa ausência palpável no ar que me cerca.
Essa lágrima que desce sozinha na face.
Esse pensamento egoísta que me consome,
esse desejo profundo que me enforca.
E tu afastaste mais.
Abraço a solidão e oiço a melodia sem som,onde atraco a minha consciência
na realidade que tento fugir.
Sem escutar nenhuma resposta,
apercebo-me da triste verdade em que vivo,
onde nem oiço o eco da minha própria voz .
Nisto o pano cai,
revelando o que está escondido.
Essa verdade que ninguém quer ver.
Nem ouvir, nem saber.
E continuo onde comecei,
sem nunca, tampouco, ter começado.